Basilio Muhate, economista Basilio Muhate

Salários dos Políticos

O The Economist reporta que na passada segunda feira, o Primeiro Ministro do Quénia, Raila Odinga, rejeitou o reajuste salarial que lhe foi concedido pelo parlamento  na semana passada. Odinga, com o incremento salarial proposto pelo parlamento, passaria a auferir cerca de USD 430.000 anuais o que o colocaria entre os líderes políticos mais bem pagos do Mundo.  Este salário, segundo a minha fonte, seria 240 vezes maior do que o PIB per-capita do Kenya  (medido em uma base de paridade de poder de compra).

O debate em torno destes números pode ser complexo, na medida em que estes são salários base e não incluem regalias e subsídios e outros bónus dos estadistas. O Presidente da Índia, como se pode ver na figura abaixo, tirada do The Economist, é o que tem o salário base anual mais reduzido.


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21 thoughts on “Salários dos Políticos

  1. dois países africanos, Quénia, o presidente receberia muito mais que o presidente dos Estados Unidos da América(?????)esta de parabéns pela sua decisão de não ser ganancioso, em África em 50 presidentes 2 só é que aceitariam não ter aumentos desse género, África do Sul presidente recebe mais que os presidentes dos países da União Europeia,épa-épa, mas como assim com tanta fome e pobreza em África, não vai tardar a partilha de África II, porque os nossos antigos comandantes estão mais é preocupado com os bolsos

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  2. indigna-me que tenha sido o parlamento (mandatários do povo) a conceder esse salário ao Primeiro-Ministro do Quénia. É por esta razão que advogo que quem mata a democracia em África são os políticos. Claramente, os deputados do Quénia devem ter comecado por aumentar os seus próprios salários ou por essa oferta queriam aumenta-los. Os meios justificam o fim. E como acontece no nosso parlamento, nessas questões não há oposicão, só há ganância.
    Parabens Odinga por ter reconhecido o exagero do parlamento.

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  3. Como vai meu caro Basílio Muhathe
    Reflectindo meu irmão, há um lambibotismo desenfreiado em áfrica! veja por exemplo, os deputados das assembleias provinciais!… em Moçambique precisão de receber são quase igual ou superior a um técnico superior pelo menos na educação que até evita contractar tecnicos superiores para ensino primário e secundário sob pretesto de que não há cabimento orçamental mas…

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  4. Chauque, Reflectindo e Chacate, boas reflexões, olhando para o lado politico do assunto.
    No entanto, continuo preocupado em relação ao peso destes altos salários no PIB per-capita dos paises.
    É o preço das economias de mercado.

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  5. Anônimo says:

    a determinação do salário é uma função multidisciplinar, por isso existe um mínimo para ele, mas duas varriáveis económicas são fundamentais: (i) o salário de equilibrio e (ii) a produtividade do trabalho.

    Bem… calacular o salário de equilibrio e a produtividade de um presidente não é fácil.

    Do ponto de vista económico não é mau haver diferenças salariais gritantes, desde que estas sejam um meio e não um fim para alcançar patamares maiores de desenvolvimento.

    outra achega é que o salário de um presidente é um salário dentre vários que um país possui, é uma questão de económica familiar/ individual e por isso não justifica por sí só uma preocupação por parte de economistas.

    Oland Melta
    metical.mz@gmail.com

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  6. Caro Basílio,

    A sua preocupação é legítima. No entanto como bem afirma só tem espaço em outros sistemas económicos pragmáticamente mistos por exemplo, agora, na do mercado há muito individualismo cada qual por sí deus por todos.

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  7. Aló meu caro Oland Melta, como vai?

    Olha, nos Países africanos com a excepção talvéz da África do Sul, não há ou não devia haver espaço para salário por Funções mas por produção como nos sugere Basílio Muhate. porque a produção nacional não é resultado do trabalho de uma pessoa apenas ou um grupinho deles como quer parecer!

    Pensa comigo

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  8. Anônimo says:

    Se o salário de um depender da produção de todos, então salários seriam iguais para todos…é isso que está dizer caro Chacate? Insisto que o salário depende no mínimo de produtividade (individual) e equilibrio (todos.

    Também acho que a economia não estuda o salário de um individio mesmo que esse seja o presidente. pela economia o salário do individuo não se relaciona com o pib percipta do país onde trabalha.

    Oland Melta´
    metical.mz@gmail.com

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  9. Parece que estamos a dizer mesma coisa Oland, o caso que B. Muhate traz à ribalta tende a nos alertar a essa relação. Porém o clientelismo dos Quenianos mostras a relação directa do salário com a função! é o que descordo.

    Quanto há sua pergunta, deve ser por isso que o salário mínimo é igual para todos porque alógica é a sua dúvida Oland.

    “pela economia o salário do individuo não se relaciona com o pib percipta do país onde trabalha.” esta não entendo, poderá ir mais ao fundo?

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  10. Anônimo says:

    primeiro como sabes que a produtividade do presidente do quénia não justifica aquele salário proposto? não estamos a falar a mesma coisa não…

    Segundo o salário não se relaciona com o pib per capita, pois embora se relaciona apenas com a produção económica e não a produção de bebés. entende agora?

    Oland Melta
    metical.mz@gmail.com

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  11. Fernando Costa says:

    Interessante no quadro é notar que as duas economias mundias que mais cresceram nos ultimos anos são aquelas que menos (presupostamente) pagam aos seus dirigentes máximos. E que pela lógica, serão as que menos pagam aos seus subordinados e aos trabalhadores em geral. India e China. (alguns indicadores colocam ainda estes dois países entre os menos corruptos do mundo.
    Quererá isto significar que o crescimento das economias está directamente ligado á generalidade dos salários baixos, grande produtividade, repressão social e combate á corrupção no crescimento económico de um País?

    Um bom tema para debate amigo Basilio!

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  12. Boa análise Fernando Costa

    O que vai ficando claro é que as economias com maiores tendências socialistas vão registando um crescimento notável. Quanto maior e melhor distribuição racional dos salários e rendimentos na economia melhor é a probabilidade de redução da corrupção.

    Obviamente que as empresas privadas têm uma dinâmica de produtividade e uma política salarial variável, por isso é importante a intervenção do Estado na determinação de salários mínimos (também com racionalidade e equilibrio).

    Oland Melta

    A produtividade do presidente do Quenia até pode justificar o salário, mas a questão é: Como é que nós comparamos esta estrutura salarial relativamente a produção total da economia na óptica do rendimento ? Será funcional numa altura em que as economias mundiais procuram alguma “austeridade” e contenção nas despesas públicas ?

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  13. Caro Oland, Continuo sem compreender para que rumo pretende dar o debate que para mim era uma boa oportunudade para de facto vermos até onde vai esta questão de Produção e distribuição. por exemplo quando começa a meter produção de bebês!!! para o seu conhecimento é um dos Países mais curruptos do mundo.

    Por exemplo, um país pode ter uma boa renda per capita, mas um alto índice de concentração de renda e grande desigualdade social. esta é a nossa preocupação neste debate.

    Concordo quando diz que a função (PR) não diz nada em termo de produção embora podemos saber por exemplo que o PIB queniano de US$63.52 biliões em 2009 corresponde a US$1.600 e 50% de população abaixo da linha da pobreza. Pelo que, é surpreendente a proposta de salário que como dizem os que me anteceder suplanta a das maiores economias mundiais!Passar bem.

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  14. Anônimo says:

    Caro Basilio,

    Salários altos desde que sejam consistentes com a produtividade são benéficos mesmo em momentos de crise e austridade.Qualquer cálcumo da produção da economia em qualquer da opticas não afecta o resultado previsto em qualquwer outra optica.

    o ponto não é o salário é alto ou baixo, mas sim é ou não consistente com a produtividade do indivíduo?

    Oland Melta
    metical.mz@gmail.com

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  15. Ilustre Oland,

    Há muito que concordei consigo… é por isso que acho absurdo que uma boa parte dessa produção esteja concentrada numa ou num grupinho delas apenas por causa das funções que por vezes ném por competências mas por confiança seja de que género.abraços

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  16. Anônimo says:

    Caro Chacate,

    A economia sem a componente social é uma ciência desumana, pois o que move a economia são os desiquilibrios, o equilibrio económico que é sonho dos economistas não existe. As ciências sociais são úteis para iluminar os economistas a trocar o velho sonho pela busca da economia do ideal popular/ politico.O que aconteceu no quénia enquadra-se nessa busca.

    Abraço

    Oland Melta
    metical.mz@gmail.com

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  17. Chacate Samuel says:

    tas de parabens dignissimo Dr. Basilio por nos fazer entender até que ponto em África em geral e no Kenya em particular exite dirigentes com pelo menos sentimento com o povo se fosse em… seria o contrario não é? camarada!

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  18. Anônimo says:

    Bom post!

    Eu Acho exactamente o mesmo, mas também acho que podemos sempre tentar fazer algo mais por nos próprios… Apos pesquisa relacionada, verifiquei alguma informação que Vos poderá ser útil:
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    Tudo de Bom para Vocês,
    Abraço

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