Basilio Muhate, economia de mocambique, Eleicoes 2019, Governo de Moçambique

FRELIMO destaca a INCLUSÃO FINANCEIRA dos Moçambicanos como factor de desenvolvimento económico no seu Manifesto Eleitoral

O aumento das possibilidades de os Moçambicanos terem maior acesso e fazerem uso dos produtos e serviços financeiros é uma das prioridades do Governo Moçambicano no sector financeiro. A promoção da Inclusão Financeira é uma das principais bandeiras que o Partido FRELIMO vem levando ao cabo, e um dos maiores marcos foi a aprovação, pelo Governo liderado pelo Presidente Filipe Nyusi, da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (2016-2022), que está a resultar na melhoria do uso e acesso aos serviços financeiros aos Moçambicanos. O Programa um distrito um banco é um exemplo concreto da expansão dos pontos de acesso, assim como vários instrumentos regulamentares aprovados para incrementar a inclusão financeira em #Moçambique 🇲🇿

No Manifesto eleitoral das presentes eleições de 2019, o Partido #FRELIMO compromete-se a continuar a promover o aprimoramento do quadro funcional, legal e regulamentar que permita a entrada de novos produtos e serviços financeiros que contribuam para a inclusão financeira, através de maior disponibilidade e proximidade dos mesmos.

Uma outra questão é o estimulo à expansão e diversificação do acesso e uso físico e electrónico dos serviços financeiros e levar a cabo acções que permitam impulsionar a melhoria do quadro legal, regulamentar e de supervisão para a protecção dos consumidores de
produtos financeiros.

Um dos desafios estruturais do nosso país é a promoção da criação de um Banco de Desenvolvimento meramente vocacionado ao financiamento de infra-estruturas e de projectos nacionais agro-pecuários e industriais, com destaque para as pequenas e médias empresas moçambicanas. Assim será caso a FRELIMO vença as eleições de Outubro.

E como o tema central destas eleições é o EMPREGO, o compromisso é que estas instituições financeiras prestem mais atenção à criação de emprego, ao empoderamento, à diversificação e desenvolvimento industrial, às pequenas e médias empresas e às cooperativas.

A Prioridade é que mais Moçambicanos tenham acesso aos produtos e serviços financeiros, para um crescimento e desenvolvimento económico mais inclusivo.

#EcontigoQueDaCerto
Basilio Muhate

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Conselho de Ministros de Moçambique, crise financeira, economia de mocambique, Filipe Nyusi, Mozambique Economics

Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique: Uma Empresa com História e uma empresa com futuro*

Gostaria de iniciar a minha intervenção, recuando no tempo para recordar que, foi no dia 8 de Julho de 1895, que a chamada linha de Lourenço Marques-Transval iniciou a sua operação ferroviária. Por isso, quero saudar, de forma singular, os CFM, pelos 123 anos que a empresa completou justamente, ontem, dia 8 de Julho. Parabéns a toda família ferro-portuária!

A última vez que estivemos cá, em Junho de 2015, para a inauguração do Museu dos CFM, reconhecemos que os Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique não eram apenas uma base logística para o transporte de carga e para trânsito e mobilidade de pessoas e bens. Deixámos registado o nosso sentimento de satisfação pelo facto de os CFM terem um papel multifacetado no desenvolvimento da nossa jovem nação, desde a dinamização da economia, mas também a nível social e cultural ou mesmo desportivo.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Os CFM transportam consigo um símbolo histórico bastante marcante para os moçambicanos e esse símbolo ultrapassa a dimensão da sua natureza e actividade. Os Caminhos de Ferro foram e são uma plataforma crucial na construção da cidadania moçambicana. Por isso, estamos aqui, mais uma vez, para prestar homenagem a milhares de moçambicanos que, ontem e hoje, deram e continuam a dar a sua contribuição, através desta empresa para manter em pé este país. Estamos aqui para reconhecer a entrega dos moçambicanos, que hoje não se rendem perante as dificuldades e que com o trabalho se vingam contra todo o tipo de crises.

 

Distintos Convidados,

Os números que acabámos de ouvir, especificamente a partir de 2017, durante a apresentação e na breve visita que efectuámos, transmitem-nos a mensagem de que estamos perante uma empresa forte e resiliente, com resultados que demonstram uma solidez e uma imagem positiva do nosso País.

Mais do que isso, estes resultados alertam a todos nós, e especialmente ao sector empresarial, que SIM com sacrifício, empenho e dedicação é possível ser sustentável num contexto de crise económica e financeira nacional e internacional.

Os Caminhos de Ferro de Moçambique, por si mesmos, tornam-se um dos modelos de gestão para as empresas ferro-portuárias na região, pois, de uma forma consistente, estão a apresentar resultados líquidos positivos ao longo dos anos.

O lucro, de cerca de 47 milhões de dólares americanos que nos é demonstrado no exercício de 2017 é prova inequívoca disso.

Com esta demonstração, fica evidente que as projecções actualizadas, o valor da empresa hoje é de mais de 1,2 biliões de dólares americanos, representado pelo seu capital próprio e activo fixo.

Ainda em 2017, orgulhámo-nos por saber que os CFM contribuíram para o tesouro com um valor estimado em 93 milhões de dólares americanos, incluindo impostos, facto que permitiu que esta empresa tivesse o reconhecimento da Autoridade Tributária, como um dos melhores contribuintes dos exercícios fiscais de 2015 e 2016.

Compatriotas,

Senhores Empresários,

Hoje, no contexto da transformação estrutural da economia, em que o mercado é mais dinâmico e competitivo, viemos aqui, tomando como exemplo os CFM, para incentivar as outras empresas nacionais a encontrarem modelos de negócio mais arrojados e inovadores, assentes na conjugação de sinergias para superar o fantasma da “crise” e, assim, desenvolvermos o nosso País. Nenhum gestor deve encontrar a palavra crise para justificar o seu insucesso. Estamos colocados nos postos para gerir as crises.

Capitalizem a parceria com as instituições multilaterais como o Banco Mundial, Banco Europeu de Investimento, KFW, DFID, entre outros, que financiaram, por via de acordos bilaterais, diversos projectos desta empresa.

Entendemos, igualmente que seja uma óptima oportunidade para o empresariado nacional buscar parcerias com o CFM, cuja posição financeira tem sido consistentemente forte e constante, com os resultados que a empresa vem logrando alcançar nos últimos anos.

O Plano Estratégico que foi aqui sumariamente apresentado remete-nos para uma radiografia promissora em termos da gestão desta empresa.

A empresa gerou um significativo fluxo de caixa de operações, em dólares, de 88,3 milhões, em 2017, o que mostra que a sua actividade operacional é sustentável e gera fluxos internos para fortalecer os fundos para investimento.

Estes resultados permitem que o plano de investimento dos próximos três anos, que supera os 200 milhões de dólares americanos, possa ser concretizado dentro do tempo previsto e com o impacto desejado.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

É com satisfação que registámos os resultados positivos apresentados, em 2017, pelos CFM. Estes resultados são sintomáticos da evolução da nossa economia nos últimos 3 anos.

Os CFM atuam num sector nevrálgico da economia de serviços logísticos. Os resultados deste sector são um dos termómetros da economia real do nosso País. Por isso, escolhi este momento, em que uma das maiores empresas do nosso País lança o seu plano de investimentos para os próximos anos, para falar da evolução da nossa economia.

No lançamento do novo ciclo de governação em 2015, assumimos como compromisso a construção de uma economia robusta e inclusiva. Por isso, queremos usar este espaço para avaliarmos o estágio da nossa economia e actualizar os moçambicanos sobre o nível dos nossos esforços.

Apesar da média de crescimento a 7% que Moçambique conquistou ao longo das últimas décadas, tínhamos consciência de que o modelo económico afigura-se insustentável pelos baixos índices de produtividade e competitividade apresentados, pela crescente acumulação da dívida externa acompanhada pelo despesismo acentuado do Estado.

Era necessário imprimir reformas estruturais que assegurassem as grandes conquistas de desenvolvimento das últimas décadas, mas que, ao mesmo tempo, respondessem aos anseios da maioria dos moçambicanos, de construir uma economia de mais e melhores oportunidades de emprego para os moçambicanos, uma economia que responde ao principal desafio do povo Moçambicano, o combate à pobreza.

Ao longo destes três anos e meio, foram grandes os obstáculos que coletivamente enfrentámos e superámos na busca deste desiderato.  Entre eles, destaca-se a crise financeira, uma crise que, inicialmente, parecia confinada ao ocidente, mas que acabou por afectar a economia mundial por via da economia real, uma crise com características distintas. Assistimos, assim, à baixa das exportações e à queda dos preços dos principais commodities, com as economias do continente africano atingindo os valores mais baixos de crescimento das últimas décadas.

Na região da SADC, destacam-se a desaceleração das economias da África do Sul com um crescimento do PIB inferior a 1% e do Zimbabwe a 2.8 %.

Um dos grandes exemplos desta vertente da crise ocorreu, no sector mineiro em Moçambique, com a queda do preço do carvão a nível internacional e colocou em risco um dos investimentos estratégicos deste sector, efectuado pela Vale, empresa mineradora brasileira que opera a mina de carvão de Moatize.

No período mais crítico da crise, os investidores aventaram a possibilidade de encerrar a operação. Entretanto, fomos capazes de assegurar a manutenção deste investimento estratégico como também de atrair um novo investidor de outra área geográfica. Refiro-me ao grupo Mitsui do Japão, que reforçou o investimento na mina.

Os caminhos de Ferro conhecem bem esta história.

O trabalho árduo de diplomacia e negociação permitiu que fizéssemos a ponte do momento de crise para um momento próspero. As recentes recuperações dos preços do carvão vêm premiar esta abordagem estruturada por nós assumida.

A este exemplo concreto de impacto na nossa economia, podemos acrescentar muitos outros, como a incapacidade de alguns clientes regionais da Hidroelétrica de Cahora Bassa de cumprir, em tempo útil, com os pagamentos de exportação de energia com impacto directo nas finanças da empresa e do País.

Mesmo com estas limitações, fomos capazes de concretizar o investimento crítico na sua operação e ainda de antecipar a amortização do crédito internacional de um bilião de dólares que surgiu no âmbito da reversão.

 

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

A crise que enfrentamos nos últimos anos, caracteriza-se ainda pela redução do fluxo do investimento directo estrangeiro, facto determinante para o nosso crescimento, com uma redução de 4 biliões de dólares americanos, em 2015 para 2,2 biliões de dólares, em 2017.

Esta realidade exigiu do Governo um redobrar de esforços para atrair mais investimento directo estrangeiro, onde destacamos os avanços nos sectores estratégicos da economia.

No Turismo, depois de três anos de recuperação do nosso capital natural, nossas reservas e parques, inaugurámos uma nova era e, recentemente, Moçambique acolheu a Conferência Internacional de Turismo Baseado na Natureza.

Esta conferência inseriu-se na estratégia do Governo de atracção de investimento estrangeiro, tendo registado a participação dos principais investidores a nível global, e assegurámos mais de meio bilião de dólares americanos de investimento para o turismo nos próximos 5 anos.

No sector da Energia, até ao final de 2019, teremos concretizados investimentos estratégicos correspondentes a cerca de um bilião de dólares americanos em infraestruturas de geração de energia, como a Central Térmica de Ressano, a Kuvaninga, a Central Térmica de Maputo e o início da construção em Mocuba, na Província da Zambézia, da primeira central de geração de energia a norte de Cahora Bassa, um investimento norueguês de 75 milhões de dólares americanos, para citar alguns dos empreendimentos que surgem por conta do investimento directo estrangeiro.

No Sector Agroflorestal, as reformas sectoriais em curso, de organização da terra e a nova ordem no sector de florestas permitiram assegurar o compromisso de um investimento superior a 1 bilião de dólares americanos para os próximos anos.

Aqui destacam-se o sector de silvicultura que, durante estes três anos, já plantou mais de 10 mil hectares e deverá chegar aos 40 mil hectares até ao final de 2019.

Podemos afirmar que a previsão de investimento directo estrangeiro para os próximos 10 anos coloca Moçambique como destino preferencial de investimento a nível global.

Outra característica desta crise foi a diminuição da ajuda estrangeira directa aos Países com economias em desenvolvimento que foi, em Moçambique, agravada pelo endividamento excessivo que esteve na origem de uma redução da capacidade de investimento público.

Perante este quadro, impunha-se uma abordagem rigorosa de gestão das contas públicas, tendo como premissas a consolidação das contas públicas. Em linguagem mais perceptível, falamos do levantamento e registo de todas as dívidas sobre responsabilidade directa ou indirecta do Estado nas contas públicas.

É nossa intensão conferir uma gestão transparente e eficiente da dívida e uma redução das despesas para permitir ao Estado continuar a fazer investimentos estratégicos.

Afirmo que ainda temos que fazer muito mais, porque continua a falta de transparência e a tendência de consumir o que não produzimos.

Contudo, demos passos concretos, iniciando o processo de consolidação fiscal que permitiu inverter a tendência decrescente do investimento público que registámos deste 2015. Aqui, importa salientar que os registos de investimento público dos últimos três anos são indicadores do resultado alcançado. Em 2015, o investimento público foi de cerca de 64 biliões de meticais; em 2016, reduziu para cerca de 50 biliões e em 2017, registou-se um aumento significativo do investimento, comparativamente ao ano anterior, para 62 biliões de meticais.

Estas medidas de consolidação fiscal foram ainda acompanhadas por uma política monetária assertiva e permitiram a inversão de tendências negativas dos principais indicadores económicos onde se destacam a redução da inflação de mais de 20% em 2016, para menos de 5% em 2017; a estabilização da taxa de câmbio do metical face ao dólar; a subida das reservas internacionais líquidas para garantir sete meses de importação de bens e serviços; a redução das taxas de juros do crédito comercial.

Não deixamos de realçar o papel das micro, pequenas e médias empresas Moçambicanas que também passaram as provações desta crise, com a redução do crédito à economia e com a crescente concorrência pelas oportunidades, num mercado cada vez mais exigente e globalizado.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Os nossos principais indicadores económicos são reveladores do trabalho que fizemos coletivamente. Estes sinais da nossa economia marcam o início do Pós-Crise, onde muito trabalho ainda há por fazer em particular na consolidação orçamental e de ajuste estrutural das finanças públicas com destaque para gestão da dívida.

Um pouco por todo o lado, vamos colhendo o sentimento de vários agentes económicos que, apesar de ainda enfrentarem grandes desafios, perante estes resultados, encaram o futuro com renovada esperança e confiança na nossa economia.

Este sentimento é ainda consubstanciado pelos indicadores do clima económico que tem melhorias significativas.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

No momento em que os sinais e indicadores económicos indicam a estabilização e crescimento da nossa economia, esta casa que me viu crescer, na presença dos operários aqui presentes, representando milhares de outros moçambicanos que diariamente lutam para melhoria da sua condição de vida e vão construindo um Moçambique mais próspero, permitam-me que divida com todos vocês uma das principais lições que levamos desta crise, uma lição que ilumina o legado que pretendemos deixar para o povo que nos confiou a governação do País: a consciência plena de que a maior riqueza do povo está no saber-fazer.

Tenho percorrido o mundo na nossa agenda de diplomacia económica e a principal pergunta que nos colocam é: Que fórmula os moçambicanos adoptaram para manter firme o país perante tantas adversidades?

E a nossa resposta, com muito orgulho tem sido: a fórmula reside no povo! Reside no operário, no camponês, no funcionário.

Já aqui a fórmula reside no assentador de via, no estivador, no maquinista, que asseguram o transporte da carga em condições seguras ao seu destino.

A nossa fórmula para superar a crise reside na aptidão da maioria dos moçambicanos, que sustentam, não só as suas famílias, mas são responsáveis por 23% da nossa economia.

Reside na bravura da juventude que ontem não dormiu para assegurar que os moçambicanos possam hoje acordar seguros e em Paz.

E é a este povo heróico que o crescimento económico deve servir! É a este Povo que devemos justiça!

Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Antes de terminar, gostaria de chamar atenção aos gestores e trabalhadores da empresa para não se embandeirarem pelas vitórias do passado e de hoje, como se diz na gíria popular, não sentem à sombra da bananeira, somente a consumir os ganhos conseguidos.  Continuem a trabalhar com o mesmo vigor e determinação.

É importante que os CFM continuem a ser esse baluarte na afirmação do nosso orgulho nacional.

Os vossos resultados, os vossos planos, a vossa visão e a vossa criatividade, também nos inspiram, porque CFM não é apenas uma empresa com história e com passado. É também, e sobretudo, uma empresa com futuro.

 

Bem haja a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique!

Muito obrigado pela atenção dispensada!

Maputo, 09 de Julho de 2018

* Intervenção de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique, por Ocasião da visita à empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, na cidade de Maputo, dia 09 de Julho de 2018

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economia de mocambique, economia., Mozambique Economics

​Será que a privatização das empresas públicas vai beneficiar o interesse público? *

Durante décadas antes dos anos 80, os governos de todo o mundo aumentaram o alcance e a magnitude das suas actividades, tendo em conta uma variedade de tarefas que o sector privado realizava anteriormente. Nos Estados Unidos, o governo federal construiu estradas e barragens, realizou pesquisas, aumentou sua autoridade regulamentar através de uma expansão das suas competências, concedeu valores monetários aos governos estaduais e municipais para as funções de apoio que vão desde a educação até a construção de estradas. Na Europa Ocidental e América Latina os governos nacionalizaram empresas, industrias, bancos, sistemas de saúde e na Europa Oriental, os regimes comunistas esforçaram-se para eliminar completamente o sector privado.

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Basilio Muhate, Comercio em Moçambique, economia de mocambique, Governo de Moçambique, INAE

INAE : assim é que é !

Quando em 2010 o então Ministro  Indústria e Comércio de Moçambique, Antonio Fernando lançou a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) disse que o  objectivo era a redução de inspecções que actuam sobre os agentes económicos, da corrupção e que as inspecções fossem feitas apenas pelo corpo único. Na altura apelou-se a participação do público na denúncia de irregularidades por parte dos fiscais e exortou-se também aos agentes econômicos a venderem produtos que não atentassem contra a saúde do consumidor.

Passados sensivelmente 7 anos, vale a pena reconhecer que a criação da INAE hoje transforma-se em resultados visíveis, sob liderança de MARIA RITA FREITAS, pelo trabalho que esta instituição vem levando à cabo.  Vimos exemplos de alguns estabelecimentos comerciais encerrados em Maputo, em Nampula e outros pontos por problemas de vária ordem. Não interessa a ninguém ter uma inspecção e ser vitima de alguma ausência de uma inspecção. A INAE está a fazer apenas o seu trabalho e a produzir resultados que satisfazem os consumidores e contribuem para a protecção da saúde pública em Moçambique. Por isso é importante potenciar esta instituição.

É importante que os agentes económicos em geral colaborem nestas iniciativas que a INAE tem levado à cabo, pautando por uma postura que propicie bom atendimento, higiene e segurança para os trabalhadores e para o público em geral. Não faz sentido que a INAE encerre um estabelecimento hoje e o vizinho ao lado não tome imediatamente as devidas providencias. Aqueles estabelecimentos comerciais que ainda não observam as exigências básicas para o seu bom funcionamento devem se preocupar em melhorar e não aguardar que venha uma inspecção para faze-lo.

Bem haja INAE

 

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economia agraria, economia de mocambique, ensino tecnico-profissional, Firmino Mucavel, Revolução verde

Revolucao Verde em Mocambique – Agro-Economista Firmino Mucavel lanca criticas

A Revolucao verde em Mocambique, na optica do Economista Firmino Mucavel, produz investimentos pouco significativos pois, segundo argumenta, existe confusao entre mecanizacao e tractorizacao, pois alguns decisores de politicas agrarias resumem a revolucao verde a aquisicao de tractores novos, ignoraando a pesquisa, a inovacao, a experimentacao, a tecnologia e a extensao.
o Agro-Economista Mocambicano defende ainda que o financiamento a agricultura deve ir muito alem dos investimentos em infra-estruturas e vias de acesso, mas sim deve haver investimento na tecnologia.
um outro aspecto levantado por Mucavel numa palestra orientada em Maputo, com o tema “Revolucao Verde como Opcao de Desenvolvimento Agrario: o Caso de Mocambique”, e a necessidade de os jovens assumirem a dianteira no mundo dos negocios, apontando que nao se pode fazer a revolucao verde com empresarios de 61 anos de idade,

Bom, o Dr Firmino Mucavel fez uma abordagem tipica da sua forma de estar entanto que economista agrario, provavelmente os decisores de politicas agraria em Mocambique estejam a concentrar mais os seus discursos pela necessidade que vem na priorizacao de tractores para o pais, em relacao a tecnologia por exemplo, no entanto afigura-se pertinente a colocacao de alguns ingridientes ao debate sobre a revolucao verde.

por exemplo em relacao ao financiamento a revolucao verde, o debate vai muito alem da discussao entre o financiamneto ao investimento em tractores ou em tecnologias, ou ainda em vias de acesso aos mercados agricolas, mas inclui os moldes em que este financiamento acontece e a disponibilidade do mercado financeiro Mocambicano para investimentos neste sector. Provavelmente em relacao ao financiamennto a agricultura seja importante chamar a responsabilidade o investimento publico, o papel do Estado Mocambicano .

A equacao da revolucao verde em Mocambique tem varias variaveis e incognitas, e ha um aspecto que ninguem ou poucos fazem referencia: O INVESTIMENTO EM CAPITAL HUMANO COMO BASE PARA A REVOLUCAO VERDE. O discurso de aposta no ensino tecnico-profissional criou uma forte espectativa no seio da sociedade Mocambicana nos ultimos 6 anos pois este ramo da educacao constitui um dos principais pilares na luta contra a pobreza. Hoje as escolas tecnicas agrarias que seriam o motor da revolucao verde, ainda carecem de meios basicos de funcionamento em todo o Pais. Por exemplo, o Instituto agrario de Boane, que tive a oportunidade de visitar e conversar com os alunos, tem carencias elementares que colocam um ponto de interrogacao a qualquer agente do sector da agricultura. Os estudantes do final de curso nao sabem na pratica o que e um tractor nem como funciona e nem para que serve, nao sabem lidar com a terra, nunca experimentaram tecnicas basicas de agricultura, os campos do instituto, onde os estudantes poderiam ensaiar algumas tecnicas, sao autenticas matas subaproveitadas, os estudantes fazem estagios profissionais na Bananalandia, uma empresa agricola privada, em tarefas que nada ou pouco tem a ver com a sua formacao. isto e um pequeno exemplo de uma escola tecnica de agricultura que esta localizada a sensivelmente 30 Km da cidade de Maputo.

O investimento no ensino tecnico-profissional e fundamental, deve ser pratico se se pretende imprimir a revolucao verde. Os jovens sem uma boa preparacao nao vao fazer revolucao nenhuma, sem meios e sem o investimento publico e privado dificilmente podera fazer-se alguma revolucao verde. Por isso ficamos preocupados quando se coloca a carroca a frente dos bois depois de este tempo todo. nunca e tarde !

Basilio

Ps: Se o Dr Mucavel se cruzar um dia com estes escritos, ou lhe chegarem as maos, gostaria de saber um pouco mais da sua experiencia no NEPAD, as boas praticas e os projectos ou iniciativas ao nivel do continente africano que o NEPAD proporcionou ou proporciona. Tirando algumas palestras em que participei, nao tive a oportunidade de partilhar das iniciativas geradas pelo NEPAD. Aguardo que um dia o prezado Professor Mucavel nos transmita a experiencia.

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Castel-Branco, Conferência IESE Maputo, economia de mocambique, IESE

Conferência do IESE em Maputo

O Instituto de Estudos Sociais e Económicos de Moçambique (IESE) está preocupado com as “Dinâmicas da pobreza e padrões de acumulação económica em Moçambique” e por isso realiza uma Conferência nos dias 22 e 23 de Abril. Na conferência serão igualmente lançados três livros do IESE e haverá uma exposição sobre actividades e resultados da investigação realizada por várias organizações nacionais de investigação social e económica.
Está de parabéns o IESE por esta iniciativa económica e social e esperamos que depois tenhamos a oportunidade de aceder a publicações ou relatórios que subsidiem os policymakers Moçambicanos, gestores de empresas e estudantes na busca de mais ferramentas cientificas para elaboração de políticas de desenvolvimento económico e Social.
O Dr. Carlos Castel-Branco, com o IESE está a produzir muita pesquisa e investigação na área económica e social, a qual é necessário dar o devido mérito e reconhecimento, mas é importante assegurar que esta escola de pensamento que o Dr Castel Branco está a gerir seja efectivamente uma plataforma meramente académica e de pesquisa económica e social.
As dinâmicas da pobreza e padrões de acumulação económica em moçambique não se compadecem com as incoerências e extremismos das diferentes abordagens de desenvolvimento, principalmente em países como Moçambique, onde as classes e os agentes que fazem o crescimento económico (aqui refiro-me aos maiores contribuintes no PIB de Moçambique) são completamente distintos dos agentes responsáveis pelo desenvolvimento económico (pobreza, analfabetismo, mortalidade, HIV-SIDA, esperança de vida, etc) . Temos que caminhar todos no mesmo barco sob pena de não nos percebermos uns aos outros.
Mais uma vez está de parabéns o IESE pela realização desta conferência que tanto era esperada por vários segmentos da sociedade Moçambicana.
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Basilio Muhate, crise financeira, economia de mocambique, Governo Moçambicano, Luisa Diogo

Sobre a Crise Financeira Internacional (Primeira-Ministra Luísa Diogo na AMECON)

A Economista Luisa Diogo, Primeira-Ministra Moçambicana, apresentou numa Palestra organizada pela AMECON, as oportunidades e desafios que se impõem à economia Moçambicana face à crise financeira internacional. Desta vez, a Primeira Ministra assumiu inequivocamente que Moçambique não tem meios de ficar alheio à crise.
Esta nova abordagem da economista Luisa Diogo, na sua qualidade de Primeira-Ministra da República de Moçambique, vem demonstrar claramente que o Governo Moçambicano está gradualmente a visualizar a crise financeira internacional de forma mais sincronizada em termos de desafios e oportunidades, e vai-se forjando uma abordagem conjunta em relação às medidas fiscais, monetárias e cambiais a serem tomadas em face ao abanão que afecta as economias mais fortes do mundo, em particular a banca.

Uma economia como a Moçambicana, que depende em mais de 50% do financiamento externo dificilmente poderá ficar alheia à oscilações macroeconómicas no resto do mundo, ou à variações profundas nas taxas de juro ou de câmbio nos mercados dominantes da região (eg. África do Sul) e do Mundo (eg. EUA). A médio e longo prazo os efeitos fazem-se sentir.
Segundo a Primeira-Ministra, há uma prespectiva de crescimento económico em Moçambique entre os 5% e 6% no presente ano, segundo as projecções do Banco de Moçambique e, caso isso não aconteça haverá uma necessidade de reajustamento da economia.

Em relação ao sistema financeiro Moçambicano aponta-se o fortalecimento da supervisão bancária e adópção de medidas de política monetária e cambial que assegurem a estabilidade financeira e uma variação cambial que promova exportações.
Em relação a este ponto é preciso olhar para as variações cambiais do metical em relação ao Dólar Norte Americano e ao rand de Janeiro a Março de 2009. Mesmo com a injecção de cerca de 270 milhões de dólares norte americanos no mercado durante o ano de 2008, observa-se, por um lado a apreensão do sector privado nacional em relação à escassez de dólares no mercado, e por outro lado uma variação da taxa de cãmbio de 25mt/usd para cerca de 26,9mt/usd de Janeiro a Março corrente.
Promoção de Habitos de Poupança – Recentemente em Conferência de imprensa, o Porta-voz do Governo Moçambicano, Luis Covane disse que o índice de poupança em Moçambique situa-se entre os 10% e 12% (baixo índice), contra os 25% desejados . Procurei buscar alguns dados sobre o PIB e as suas componentes no INE e encontrei este documento que faz referência a alguns dados oficiais sobre consumo e investimento/poupança em Moçambique que podem ajudar-nos a compreender melhor o fenómeno.
Mas a questão Mantêm-se: como estimular a poupança das familias Moçambicanas num contexto de crise financeira internacional?
Evidentemente que a expansão da rede bancária até as zonas rurais é uma grande contribuição pois aumenta a capacidade de resposta ao investimento interno, Mas e depois ? quem vai fazer as poupanças nesta nova rede de Balcões bancários espalhados por todo o País ? são os investidores locais, são os cidadãos ? Então é necessário acompanhar esta expansão da rede bancária com uma expansão e gestão do fundo de desenvolvimento local alocado aos distritos pelo governo moçambicano, sob pena de termos bancos comerciais e um fundo de desenvolvimento a concorrerem de forma desajustada ao nível dos distritos. talvés seja esta uma das razões para o receio da banca comercial em apressar-se aos distritos em contextos de crise, sem a prévia negociação com o governo.
O grande debate sobre o Desafio do salário Mínimo em Moçambique, aliado ao mercado de emprego é um assunto que não deve ser ignorado pelo grupo criado pelo Governo moçambicano para fazer face à crise financeira . O grupo constituído pelos Ministros das Finanças, Planificação e Desenvolvimento, Agricultura, Indústria e Comércio e com a Participação do governador do Banco de Moçambique tem a missão de olhar igualmente pelo mercado de emprego, que envolve o sector privado, os sindicatos e o próprio governo na busca de um equilibrio do salário mínimo. A título de exemplo os sindicalistas já vieram a publico defender que a cesta básica de um trabalhador Moçambicano está avaliada em cerca de 5.000Mt/mês = 200 USD/mês, no entanto actualmente o salário mínimo ronda aos 1900Mt/mês = 74,5 USD/mês. O grupo tem que analisar com cautelas os efeitos da crise sobre a produtividade de mão de obra nos mega-projectos nacionais.
Apesar de ter ficado impressionado em relação à visão macroeconomica apresentada pela chefe do Governo Moçambicano, é importante, (e acredita-se que chegar-se-á a esse ponto) que o Governo se concentre em medidas mais específicas de reacção e procurem alcançar o consumidor final. Queria ter ouvido mais a Primeira-Ministra a falar sobre os desafios e as oportunidades para os CIDADÃOS Moçambicanos face à crise financeira internacional, como é que os seus bolsos são directamente afectados e que oportunidades podem encontrar no dia-a-dia, para os consumidores, para os pequenos e médios contribuíntes da economia Nacional que são aos milhares. Queria também ouvir um pouco mais sobre o estimulo à poupança nas zonas rurais em particular, onde a agricultura de subsistência é a actividade dominante das familias. Penso que o tempo não foi suficiente.
Há que reconhecer e dar a devida vénia a um aspecto, um desafio lançado pela Primeira-Ministra, Luisa Diogo aos economistas Moçambicanos. É necessário que os economistas Moçambicanos façam a análise em relação a crise financeira internacional, principalmente a nível sectorial, em particular à AMECON. Moçambique carece de debate mais aberto, profundo e participativo sobre a sua economia protagonizado por economistas Nacionais, principalmente os académicos e investigadores. O debate ainda está reduzido a um grupo muito restrito de economistas Moçambicanos. o debate académico crítico e construtivo poderá constituir uma plataforma para que o governo e outros actores e agentes busquem subsídios teóricos e práticos para facer face ao mercado.
Basílio Muhate
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crise financeira, economia de mocambique, Mozambique Economics

Dicas Sobre como fazer face à crise Financeira Internacional

Crise Financeira – Algumas dicas sobre como fazer face.

Estive a tentar buscar algumas ideias sobre como colaborar com os pequenos empresários e empreendedores Moçambicanos a fazerem face a crise financeira internacional. Como é que se pode reduzir os riscos económicos em fases de crise ? Uma boa alternativa seria buscar serviços de consultoria financeira junto de instituições ou pessoas especialistas para o efeito, Por outro lado pode imprimir esta página, sentar-se a secretária ou a Beira-Mar e começar a preparar-se

1. Construir e manter a sua posse de dinheiro (liquidez)

A Falência das pessoas não se deve às dividas totais que possuem, mas sim ao facto de esquecerem-se dos pagamentos que devem às instituições financeiras que, após algum tempo, tomam medidas contra os empresários tais como o encerramento dos seus negócios.

Em termos simples, isto significa que o pequeno e médio empresário deve ter dinheiro “confortável” em mão, para poder fazer face a situações. Se o empresário ou empreendedor ou a sua esposa perder o emprego, ou os negócios não estarem a correr bem, o indivíduo deve ser capaz de recorrer a este dinheiro “confortável” para manter a energia, a água e o telefone, capaz de abastecer o automóvel, e de se alimentar. A Experiência desta poupança não livra o empreendedor do setress da crise, mas poderá efectivamente ajudar a aliviar os momentos difíceis até ultrapassar-se a fase menos boa.

O Dinheiro “confortável”, a que também chamam de fundos de emergência, deve ser guardado preferencialmente em contas de poupança capitalizadas, ou seja, que rendam juros. Não misture o seu fundo de emergência com as suas contas ancárias regulares pois poderá ser tentado a investir e gastar o dinheiro em outros fins. A Razão é que o propósito deste dinheiro não é crescer nem fazé-lo rico. É apenas para fazer face as suas contas correntes quando você está “apertado”. É o último recurso.

2. Manter seguros de saúde, de vida, de deficiência, e outros seguros

Durante as crises muitos optam por cortar algumas despesas correntes que são consideradas menos importantes. Para alguns indivíduos os seguros são várias vezes sacrificados, um terrível erro que pode levar à destruição financeira. E se você ou o seu cônjuge tiverem um ataque cardíaco ou forem diagnosticadas com câncro? E se o seu filho desenvolve uma rara infecção?

Se for um indivíduo extremamente rico, com acções e títulos inesgotáveis, várias empresas, etc, o seu recurso mais importante seja a sua capacidade de trabalhar. Esta é uma ,razão que leva a que em muitos países o seguro de invalidez seja vital para os cidadãos.

3. Eliminar gastos desnecessários – E pagar com Cartão de Crédito!

Mesmo que não haja nenhuma pressão financeira sobre a pessoa, se esta acredita que há alguma probabilidade de ela ser afectada directamente pela recessão económica, então ela deverá começar a cortar alguns gastos desnecessários e procurar melhorar a liquidez. Alguem perguntaria, o que são gastos desnecessários ? Bom a intenção não é definir este conceito mas sim apontar que será preciso reduzir algumas despesas fixas mensais tais como a redução do número de revistas e jornais comprados semanalmente nas bancas, a redução daquelas compras cujo corte não afecta o nosso padrão normal de vida.

Se usa cartão de crédito, pense seriamente em parar de usá-lo. A utilização do cartão de crédito está sujeito a taxas de juro e o indivíduo pode não estar em condições de suportar os juros cobrados pela utilização do credito.



4. Expanda suas fontes de receita

O seu património líquido pode aumentar se você reduzir os gastos e gerar mais renda apartir de fontes não correlacionadas com o seu emprego convencional.

Imagine que você é um trabalhador de uma companhia de telefonia móvel e sua esposa é enfermeira. Você pode iniciar um pequeno negócio em casa apenas para produzir o suficiente para pagar a renda mensal da casa, libertando esta despesa da dependência em relação ao seu salário. É importante que os cidadãos, em particular pequenos empresários, comecem a pensar assim.

5. Use a oportunidade de comprar ativos de baixos preços

As crises e recessões em geral constituem uma boa oportunidade de compra de activos a preços baixos. Por exemplo empresas com equipas talentosas de gestão e com qualidade, com fortes demonstrações financeiras, uma boa rentabilidade sobre os capitais próprios e oportunidades de crescimento no futuro são estratégicas em momentos de crise.Itálico

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economia de mocambique, Mozambique Economics

Deve ou não o Estado Moçambicano Distribuir Crédito ?

Numa altura em que os Estados Americano e Europeus estão a injectar avultadas somas dinheiro para evitar a falência de várias instituições financeiras e tentar sair da crise financeira internacional, e numa altura em que Estadistas como Lula afirmam que foi deitada abaixo a fé dogmática no princípio da não intervenção do Estado na Economia, O Economista Moçambicano Carl0s Castel-Branco veio recentemente à publico defender que não é papel do Estado distribuir crédito às populações no Distrito, no âmbito do fundo de iniciativas locais, mas que esse papel devia ser relegado à instituições financeiras através de incentivos e benefícios.

Recentemente um outro economista Moçambicano, Hipolito Hamela, veio a público afirmar que uma das melhores vitórias do governo Moçambicano, na sua óptica, foi a introdução do fundo de desenvolvimento local, pese embora fosse necessário corrigir alguns aspectos. Portanto Hamela defende o intervencionismo do estado na alocação de credito.

A intervenção do estado na concessão de credito não serve para proteger os lucros do sector privado, mas para minimizar as rígidas condições que os Bancos Comerciais impõem ao desenvolvimento local de Moçambique, e para absorver o risco que o sector financeiro privado Moçambicano não assume, mesmo com a introdução de benefícios e incentivos por parte do Estado, que o Professor Carlos Castel-Branco se refere.

Basílio Muhate

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