Durante décadas antes dos anos 80, os governos de todo o mundo aumentaram o alcance e a magnitude das suas actividades, tendo em conta uma variedade de tarefas que o sector privado realizava anteriormente. Nos Estados Unidos, o governo federal construiu estradas e barragens, realizou pesquisas, aumentou sua autoridade regulamentar através de uma expansão das suas competências, concedeu valores monetários aos governos estaduais e municipais para as funções de apoio que vão desde a educação até a construção de estradas. Na Europa Ocidental e América Latina os governos nacionalizaram empresas, industrias, bancos, sistemas de saúde e na Europa Oriental, os regimes comunistas esforçaram-se para eliminar completamente o sector privado.
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Ano lectivo 2017 em Moçambique: investir na qualidade de ensino
Sob o lema “Por Uma Educação de Qualidade Rumo ao Desenvolvimento Humano” iniciaram hoje as aulas em Moçambique, o ano lectivo 2017 para o ensino de nível primário e secundário geral e técnico-profissional, e logo a seguir no ensino superior. O primeiro dia de aulas é um momento particularmente importante para os alunos e encarregados de educação, principalmente para aqueles meninos que vão à escola pela primeira vez.
Já desde os primeiros dias do ano 2017 saltam à vista algumas preocupações ligadas a escassez de professores para fazer face a demanda, a insuficiência de infraestruturas de educação, a questão da qualidade de ensino em Moçambique, a exiguidade de meios materiais e financeiros, a falta de carteiras que faz com que milhares de meninos moçambicanos continuem a estudar durante anos sentados no chão, a gestão e distribuição do livro escolar e várias questões e desafios ligados ao professor moçambicano e ao seu desempenho.
Uma outra preocupação que nunca quer calar é o consumo de bebidas alcoólicas e drogas em estabelecimentos de ensino e/ou arredores por estudantes e professores. É preciso que estes se abstenham do consumo desses produtos nocivos para a saúde e ao crescimento e desenvolvimento humano. Isto as vezes pode se associar à violência tal como no caso do esfaqueamento de um estudante na Escola Secundária Josina Machel o que não é nada saudável para a o nosso sistema de educação. Estas preocupações impõem desafios de melhoria contínua no sector da Educação.
Aos cerca de 6.9 milhões de alunos inscritos neste ano lectivo de 2017 nos cerca de 13.250 estabelecimentos de ensino existentes em #Moçambique exige-se muito empenho de todos, alunos, gestores escolares, pais e professores – estes últimos que os chamou de principal activo do processo de ensino, tal como foi referido na abertura do ano lectivo pelo Presidente da República Filipe Jacinto Nyusi, na província de Gaza, que igualmente encorajou reformas positivas no ensino.
O desafio da qualidade de ensino envolve muitos recursos humanos, materiais e financeiros, envolve muito trabalho e determinação e envolve acima de tudo toda a sociedade em geral, desde as famílias Moçambicanas, que são a célula base da sociedade. É em casa junto à família onde começa todo o processo de melhoria da qualidade de educação de uma nação, sendo que os valores morais, culturais e sociais forjam-se no meio familiar, no meio doméstico. A escola complementa todo o esforço feito na família, a célula base da sociedade.
O direito à educação em Moçambique está salvaguardado pela lei e sempre foi uma prioridade nacional, desde os primórdios da independência nacional, com o Presidente Samora Machel a liderar um amplo movimento de promoção da educação para todos, incluindo a alfabetização de adultos e o grande movimento do “8 de Março” que tinha como objectivo formar Moçambicanos em várias matérias usando o potencial humano existente na altura.
Vão os meus votos de um próspero ano lectivo de 2017
Basilio Muhate
2017: o ano de uma nova caminhada em Moçambique?
Não há dúvidas de que 2016 foi um ano adverso. Tanto ao nível nacional como internacional, desde a tensão político-militar, passando pela depreciação cambial em Moçambique; a difícil gestão da dívida pública, passando pelas tensões económicas e políticas em alguns países do continente africano, as situações na Ucrânia e na Síria, o impeachment à Presidenta Brasileira Dilma Rousseff; o escândalo de corrupção que foi descoberto através de 11,5 milhões de documentos, denominado “Panamá papers”; as eleições norte americanas que elegeram Donald Trump numa eleição Disputada com a Democrata Hillary Clinton, dentre outros.
O que é que 2017 pode nos trazer ?
OJM 39 anos depois: Assumir a responsabilidade
A Organização da Juventude Moçambicana (OJM), fundada a 29 de Novembro de 1977 celebra hoje o seu trigésimo nono aniversário. Vão os meus votos de sucessos a todos meus amigos e companheiros da nossa Jota, que continuemos a consolidar a nossa FRELIMO.
A fotografia acima ilustra parte da geração dos jovens pioneiros da OJM, sob liderança de Zacarias Kupela, ao lado do fundador da OJM o Presidente Samora Machel, líder que continua a inspirar à juventude Moçambicana.
Depois da sua fundação em 1977 até aos nossos dias, a OJM tem estado a promover a educação patriótica à Juventude Moçambicana e a exercer cidadania activa, por isso vale a pena também deixar o meu reconhecimento aos percusores e ativistas da Jota onde dentre vários destaco os seus maiores servidores, nomeadamente Zacarias Kupela, Leonardo Candeeiro, Gaspar Sitoe (em memória), José Patrício (em memória), Pedro Cossa e Mety Gôndola.
Para muitas mulheres e homens outrora jovens e activistas, como Alcinda de Abreu Mondlane, Edson Macuácua, Cidália Chauque Oliveira, Suzete Dança a minha vênia. O país é feito de memória mas também de braços trabalhadores. Por mais céticos que alguns queiram ser, deverão ao fim do dia, querer satisfazer as necessidades básicas: alimentação, vestuário, trabalho. A verdade é que não existe nenhum cético assumido que não reconheça a sua obrigação de trabalhar para, pelo menos satisfzer essas necessidades báscias. Por causa disso e por reconhecer essas premências, considero que os céticos são cínicos ao mesmo tempo, por instilarem nas massas e na juventude o vício da paralesia e da letargia, do nada-mais-há-a-fazer, do apontar do dedo e ficar-se por ai.
Nós jovens devemos ter sempre em mente que a excitação pelo cetisimo e pelo atirar-pela-janela-fora da esperança, são armas extremamente mortíferas, quais autênticas bombas atómicas. Porque se nós não fizermos algo em prol do nosso país e das organizações nas quais estamos inseridos, alguem o fará: e irão comprometer o futuro de toda nação, com a introdução no poder de cavalos de troia.
Estejamos vigilantes, trabalhadores e criticos superadores.
Donald Trump eleito Presidente dos EUA
Sob o lema de “fazer a América grande outra vez”, o empresário norte americano e candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump foi eleito o 45º presidente esta quarta-feira quarta-feira, 9 de Novembro. De acordo com projeções Trump conquistou 276 delegados contra 218 de Hillary Clinton, candidata Democrática.
Estes resultados foram surpreendentes para o mundo, tomando em consideração a opinião de muitos analistas e alguns resultados de sondagens efetuadas antes da votação, que davam ligeira vantagem a candidata Hillary Clinton, que saiu-se bem em todos os debates frente-a-frente com o seu adversário.
Estou ciente de que com a administração Trump as relações de cooperação entre os estados Moçambicano e o Estado Americano irão prosseguir normalmente pois o histórico destas relações não apresenta sinais de qualquer efeito assinalável em virtude de uma nova eleição presidencial naquele país.
Fica a lição de que os mídia tem uma grande influencia na política contemporânea, mas os eleitores continuam a ser os maiores detentores reais do poder.
Agricultura continua no topo das prioridades de desenvolvimento de Moçambique *
Moçambique estabeleceu, a agricultura como base e a indústria o principal factor dinamizador e decisivo. Este é um dever constitucional, desde a independência nacional.
O cenário económico nacional nem sempre foi favorável. Exigiu soluções pragmáticas, resultado da combinação de multiplos factores adversos, endógenos e exógenos. O fraco poder financeiro e a vulnerabilidade às calamidades naturais, são alguns destes factores.
No entanto, a agricultura continua no topo das prioridades na agenda nacional de desenvolvimento. Por isso que estamos aqui.
A economia moçambicana é, basicamente, uma economia agrícola. As famílias aparecem como pioneiras nos indicadores macroeconómicos. A agricultura emprega mais de 80% da população, moçambicana, economicamente activa. A agricultura contribui com cerca de 25% do Produto Interno Bruto e 16% das exportações nacionais.
O sector agrário familiar concentra cerca de 99% do universo de 4.270.000 explorações agro-pecuárias. Apenas 1% comportam machambas até uma média de cinco hectares, que são caracterizados por um modelo misto combinando uma agricultura de subsistência com pequenos excedentes para o mercado.
É muito pouco. Hoje o Governo lança a campanha cheia de ambição para dizer aos moçambicanos que temos que fazer mais.
Sobre a 1ª Conferência da Juventude Bancária de Moçambique
Tive o privilégio de participar na 1ª Conferência da Juventude Bancária de Moçambique, uma iniciativa da Associação Moçambicana de Jovens Bancários (AMJB) criada em Março de 2013, congregando jovens de diversas instituições bancárias de Moçambique. Este associação tem por objectivo servir de plataforma de ligação entre os anseios da juventude moçambicana e a banca bem como abordar questões relativas a classe dos jovens bancários.
A AMJB persegue os seus fins promovendo actividades de educação financeira, divulgando matérias sobre economia, finanças e banca, usando experiência e conhecimento para buscar soluções e resposta aos principais desafios da juventude moçambicana a todos os níveis da sociedade.
A I Conferência da Juventude Bancária de Moçambique debruçou-se sobre o papel da juventude bancária na promoção da inclusão financeira; soluções ao financiamento para o empreendedorismo juvenil num contexto de crise; o papel dos Bancos de desenvolvimento no financiamento à economia; os desafios para o desenvolvimento de carreiras e incentivos aos jovens bancários; a possibilidade de implementação do Fundo de Garantia Juvenil dentre outras matérias relevantes.
Em 2013 tive o privilégio de colaborar na criação da AMJB e sempre acreditei no potencial desta agremiação. O actual Presidente, o meu amigo Emílio Fernando foi das pessoas que sempre acreditou e persistiu no projecto AMJB, juntamente com uma equipe de jovens bancários vencedores que tornaram possível a criação da associação. De entre eles saliento de memória Aurélio Bucuane, Tomás Matola, Usma Mori, Edson Mahumane, Mariza Matano, Paulino Nhampule, Alexandre Daniel, Lena Herculano, Max Mazivila, Efrone Nhanala, Amândio Mussagy, Anésio Guambe, Huneiza Siddiq, Nelson Chinowawa e Sergio Munguambe.
Bem-haja AMJB. É assim que se reinventam os sonhos, criam-se novas utopias. É assim que se reinventa o pensamento económico de uma sociedade; com a pluralidade das ideias e dos âmbitos de concentração analítica.
Ode ao Professor Moçambicano
O professor é um actor chave da nossa sociedade e hoje, sendo 12 de Outubro, seu dia, vai a minha solidariedade para com todos os professores de Moçambique, que asseguram o direito à educação para todos e contribuem significativamente para a formação do Homem, transmitindo conhecimentos e abrindo oportunidades para os cidadãos.
Vale a pena exaltar a Organização Nacional dos Professores (ONP) e figuras como o professor Gideon Ndobe, ministro do Governo de transicao da FRELIMO dirigido por Joaquim Chissano em 1974 e Graça Machel, ministra da Educação e Cultura (1975 a 1979) pelo seu papel na promoção do papel do professor, organizando e implementando as grandes ideias do Presidente Samora Machel sobre o sistema de ensino em Moçambique. Este legado continuou com outras figuras importantes e hoje, o sector da educação, sob liderança de Jorge Ferrão, continua apostado na formação do Homem, com novos desafios conjunturais.
Varios cidadãos Moçambicanos deram um grande contributo para o país transmitindo conhecimento, independentemente das suas condições de trabalho, sabendo que o país ainda tem desafios no sector da educação. Todos nós temos ou tivemos professores nos quais nos inpiramos positivamente ao longo dos nossos estudos, verdadeiros herois, lideres e referências.
Que os professores continuem a sua missão com a responsabilidade e o profissionalismo que lhes é característico, sem descurar o sentido de missão que contribui para o desenvolvimento do país.
Bem haja 12 de Outubro !
Bem haja professor Moçambicano !
Basilio Muhate
Letter to youth wings of former liberation movements
As I write this letter to you, I came to these plains of Siurungu village, on the outskirt of Nkurenkuru town in northern Namibia on the border with southern Angola. It is here on these banks of the Kavango River, that my childhood memories were ignited. As a little boy in the 1970s, I looked after cattle, goats and started school under a tree at Kakuro village. Those years, we were not free. We were governed from Pretoria, South Africa by the Apartheid government. This country was called South West Africa (Namibia) and we were divided in tribal homelands. Thus, this part of the country was governed by Kavangos under “Administrasie van Kavangos”. It was my late father from whom I learned about liberation movements “SWAPO ya Semma”; “MPLA ya Netu”, “UNIP ya Kaunda” and “ANC ya Tambo”.
Today, Namibia is free and is ruled by SWAPO while Angola is ruled by MPLA and South Africa is ruled by the ANC. The same goes to other former liberation movements like CCM (Tanzania), ZANU PF (Zimbabwe) and FRELIMO (Mozambique). Only UNIP (Zambia) is out of power. It is also true that Africa is now in the hands of Africans. There is no guarantee that we shall rule forever, if no decisive and deliberate effort is made to lay a strong ideological foundation in the hearts and minds of our young people.

Benvindo
Benvindo
Sou Basílio Zefanias Muhate (nascido em 28 de setembro de 1979 em Chimoio), economista e político moçambicano que servi como o presidente (secretário-geral) da organização juvenil do Partido FRELIMO, Organização da Juventude Moçambicana (OJM), e sou membro do Comité Central do FRELIMO desde novembro de 2010. Estudei Economia na Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e sou membro da Associação Moçambicana de Economistas (AMECON).
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