Basilio Muhate, Inteligencia dos Moçambicanos, Moçambique, Mulher Moçambicana, Sem categoria

A Psicologia do eu e do outro: reflexões rumo à operacionalização epistémica

Maria Passades Pereira*

O euismo, o outrismo e o nossismos são formas (ins)conscientes de ideologia e de comportamento de educação, de socialização, de culturação e, quiçá, de politização. A Narrativa Moçambicana precisa e deve ser indagada de forma cristalina por várias áreas do saber, não para encontrar a resposta ou fórmula mágica, mas, para juntas, estas áreas do saber terem ferramentas e instrumentos analíticos para ofertar a sociedade para um melhor entendimento desta desta bela narrativa com nome masculino: Moçambique.

Qual seria o contributo da Psicologia (Social) para o ethos Moçambique como um campo fértil, despido, cru, místico, completo, incompreensível, curioso e por lapidar? Ou por outra, esta elasticidade composta por uma (des)harmonia dos contrários é aqui pensada não de forma preconceituosa, mas sim, na sua relação entre o euismo e outrismo onde ambas levariam ao nossismo. Pois, para uns, a Narrativa Actual Moçambicana pode ser um campo de aberturas analíticas e, para outros, pode ser um campo fechado, linear e sem esperança, quando estes dois não comunicam, não procuram uma forma de entendimento, entram para um status quo nocivo que levaria a pontes quebradas, onde de um lado tens o eu e do outro lado bem distante tens o outro que pensa de forma diferente e, consequentemente, é visto como o eterno outro a abater (no sentido de: colocar à margem da sociedade e da cidadania), o que seria o nossismos.

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